Empresariado argentino se joga nos braços do fascismo

Está configurado na Argentina o fenômeno que aconteceu no Brasil em 2018, quando o empresariado de direita se jogou nos braços de Bolsonaro para o que desse e viesse.

Grandes empresários argentinos abandonaram a direita tradicional, representada pelo macrismo, e trocaram a candidatura de Patrícia Bullrich pela do fascista Javier Milei à presidência.

O jornal Página 12 fez um levantamento de nomes do empresariado que passam a trabalhar pela eleição do Bolsonaro deles, a um mês do primeiro turno, dia 22 de outubro (o segundo turno será em 19 de novembro).

Esses são alguns dos milionários argentinos, donos ou CEOs de corporações, que declaram voto em Milei, entre industriais, donos e executivos de empresas petrolíferas, construtores e pecuaristas:

Ernesto López Anadón, diretor do Instituto Argentino de Petróleo e Gás; Cristiano Rattazzi, ex-CEO da Fiat na Argentina; Sebastián Braun, do grupo de supermercados La Anónima; Nicolás Pino, pecuarista, dirigente da Sociedade Rural Argenbtina; Gonzalo Tanoira, dono da Citrícola San Miguel (maior exportadora de cítricos do mundo) e dirigente da Associação Cristã de Dirigentes de Empresas; e Eduardo Bastitta, da área da construção civil.

Alguns desses empresários estão publicamente engajados no projeto de dolarização da economia, defendido por Milei.

Eles participam de um grupo de tios do zap chamado exatamente ‘Dolarização’. É uma ideia considerada maluca, mas que tem apoio de empresários poderosos.

No dia 1º de outubro haverá o primeiro debate na TV entre Milei, Patrícia e o candidato governista do peronismo, Sergio Massa.

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JUIZ MILITANTE
O juiz federal do Trabalho Marlos Melek participava do famoso grupo de tios do zap que passou a ser investigado em agosto do ano passado por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

Pois Melek é juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo. Foi afastado agora das suas funções por militância política, por decisão Conselho Nacional de Justiça, enquanto corre uma sindicância contra ele.

Em seu voto, o corregedor nacional de Justiça e relator do caso, Luis Felipe Salomão, destacou que o juiz “escolheu permanecer no grupo Empresários & Política, mesmo sem ser empresário e apesar do vasto elenco de disposições legais que determinam o seu afastamento de temas que envolvam política”.

No mês passado, Moraes retirou do inquérito seis dos oito empresários e manteve Luciano Hang, o véio da Havan, e Meyer Nigri, fundador do grupo Tecnisa.

Nigri continua sob investigação porque recebia mensagens golpistas de Bolsonaro, e o véio da Havan porque não forneceu a senha do celular apreendido em agosto do ano passado.

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PODE?
O CNJ que investiga juízes alinhados com grupos de golpistas da extrema direita também pode investigar juízes de comarcas de cidades do interior em que empresários poderosos nunca perdem nenhuma ação, ou não é o caso?

One thought on “Empresariado argentino se joga nos braços do fascismo

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