Entrevero

Leio nos jornais, nos blogs, nas redes sociais e onde estiverem textos de todas as origens, de todas as tendências e ideologias para poder me orientar.

Mas o Augusto Nunes, por exemplo, não leio há dois anos por recomendação médica. Não posso ler mais os gongóricos, os parnasianos e os que abusam impunemente dos adjetivos, para evitar reações alérgicas.

Mas leio o Reinaldo Azevedo, o Pondé, o Demétrio Magnoli, os que têm senso de humor. E a sensação geral, lendo os jornalistas e ‘pensadores’ que se engajaram ao golpe desde o começo, que defenderam Eduardo Cunha e depois do golpe o chutaram na sarjeta, que ficaram ao lado do homem do Jaburu, que exaltaram a austeridade, que viram o crescimento chegando – pois lendo todos esses jornalistas embarcados, a sensação hoje é de que todos estão perdidos.

Ninguém sabe se fica ou segue, se dança ou senta, se abandona o homem do Jaburu ou aguarda mais um pouco, se começa a bajular abertamente os tucanos.

O jornalismo que ajudou a fazer o golpe, inclusive o mais dissimulado, está num entrevero danado.

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