O pensamento raso da Lava-Jato

As manifestações do juiz Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol e as notas da Justiça Federal do Paraná (como a emitida a respeito do caso do blogueiro Carlos Eduardo Guimarães) mostram que todos eles não correspondem, quando se expressam, à complexidade da tarefa em que se envolveram.

Falta a todos, a Moro, a Dallagnol e a quem fez a nota (a assessoria de imprensa, que submeteu o texto a quem, a Moro?), um pouco mais de densidade. Só um pouquinho, para que o argumento não fique raso. Eles parecem se esforçar, mas não têm como oferecer o que só os ingênuos não pedem.

É básica, é repetitiva, é limitada ao senso comum a reflexão dos comandantes da Lava-Jato. Falta um brilho, um brilhinho, algo que tire a Lava-Jato da redundância moralista, simplificadora, reducionista, de Moro e de Dallagnol.

Ontem, por exemplo, a Justiça Federal do Paraná disse em nota que o blogueiro de São Paulo sob investigação é um pregador político. Mas desde quando a pregação política representa agravante em qualquer investigação, se estamos (estamos?) em tempos de democracia?

O que mais a grande imprensa pratica em editoriais, em colunas, até em notícias, é a pregação política. Às vezes, pregação partidária mesmo, pregação tucana.Watch Full Movie Streaming Online and Download

Moro, Dallagnol e seus parceiros devem se puxar mais na hora de expressar opiniões, para poder julgar (se é que pretendem também fazer isso) as opiniões alheias.

Moro deveria frequentar os cursos rápidos do Leandro Karnal.

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