OS ÚLTIMOS DIAS DE BOLSONARO

As viagens de Bolsonaro a Londres e Nova York renderiam um belo documentário. Os últimos dias de um fascista desfrutando de um poder que se esvai, enquanto tenta mandar do estrangeiro mensagens que as motociatas já não passam mais.

Bolsonaro escanteado em Londres. Bolsonaro que nem carro tinha em Nova York para ir do hotel para a ONU, onde discursaria.

Bolsonaro andando a pé por Nova York tentando achar um carro, enquanto Michelle tentava arrumar o nó da gravata.

Bolsonaro cercado por Malafaia, pelo filho Dudu e pela mulher, todos citando a Bíblia, num mundo paralelo que vira fumaça.

Bolsonaro gritando para assessores, na porta do quarto do hotel em Nova York, que poderá acabar como Jeanine Añez, a golpista que está presa na Bolívia.

E Bolsonaro enfrentando a ressaca da viagem de volta, pensando no Datafolha de quinta-feira, sentado ao lado de Malafaia, que finge ler uma revista de bordo de 2015 da FAB.

Na cena final, olhando na janelinha do avião, um Bolsonaro que procura nas nuvens algo que possa salvá-lo, não da derrota para Lula, mas do horror que o espera logo adiante.

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O PASTOR, A RAINHA E O SENHOR DA GUERRA
Vi ontem como nunca tinha visto antes, por uns 10 minutos, um culto do pastor R.R. Soares na TV.

Ele dizia que cegos iriam ver, surdos iriam ouvir, fracos ficariam fortes. E fazia exercícios com as pernas e pedia que as pessoas repetissem.

Notei que quase ninguém naquela multidão repetia o que ele mandava. E nem erguia as mãos para o céu para agradecer a Deus.
É um mundo tão distante da classe média branca. Parece irreal e improvável, mas está ali.

Como parece irreal aquela multidão chorando pela rainha. O mundo se agarra onde pode se agarrar.

E o Putin ainda avisa que vai começar a guerra nuclear agora, só para sacanear a vitória do Lula no primeiro turno.

E tem gente que ama o Putin, porque ele vai nos levar para o maravilhoso mundo multipolar. Putin é o R.R. Soares de boa parte das esquerdas.

Todos nós temos amigos e parentes que amam R.R. Soares ou a rainha ou Putin.

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FENÔMENOS
O maior fenômeno nas redes sociais no Rio ainda é o ex-vereador Gabriel Monteiro, cassado por assediar assessores e filmar cenas de sexo com adolescentes, entre outros crimes.

O Facebook adora essas aberrações humanas, assim como Twitter, YouTube (que orienta os robôs a divulgar falas de Bolsonaro), Instagram etc.

Em Minas, o fenômeno se chama Aécio Neves, que só cresce em popularidade.

O PL, o partido que elegeu Bolsonaro, é o que mais tem engajamentos nas redes, segundo pesquisa da Quaest.

Direita e extrema direita dominam o mundo virtual há muito tempo.
Tem tio do zap em cidades do interior com popularidade de luva de pedreiro.

Não existe na esquerda nenhum fenômeno de internet comparável às celebridades da direita.

André Janones, que decidiu apoiar Lula, bate na extrema direita e tem grande audiência, mas é óbvio que não é de esquerda e nem precisa ser.

Precisa fazer parte da frente que vai derrotar o fascismo.

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O FIM DE CIRO
É boa a definição da ex-deputada Cidinha Campos:

“Ciro Gomes vai acabar se tornando o Eymael da esquerda”.

Só há uma ressalva. Ciro não é de esquerda e, mesmo que tenha se esforçado, nunca foi.

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A PROPOSTA DO JABURU
Michel Jaburu Temer engrossa a campanha para que Lula anistie Bolsonaro, em nome da pacificação nacional.

É uma ideia criminosa (para retribuir gentilezas do genocida), num país que nunca conseguiu punir ditadores, assassinos e torturadores.

A pacificação passa pela retomada dos processos contra a família, os agregados, os golpistas, os vampiros da vacina, os grileiros e os assassinos de índios.

One thought on “OS ÚLTIMOS DIAS DE BOLSONARO

  1. No mundo de hoje, onde tios estupram sobrinhas de 11 anos, presidentes orgulhosamente simulam os últimos supiros de vida de outrem e primeiras damas falam uma língua incompreensivel dos anjos, tudo parece ser possível. as pequenas tragédias da vida que o brasil todo dia deixava passar foram crescendo e se tornaram em coisas como Bolsonaro, Malafaia, Mamãe falei e outros tantos. Então com certeza muita gente vai achar a proposta do jaburu do planalto como o supra sumo da inteligência. Nos acostumamos a tolerar os crimes. E o crime de anistiar um ser como Bolsonaro et caterva é muito menor do que qualquer crime que o sujeito tenha cometido, até chorar no banheiro escondido daquela que fala com anjos e talvez eles tudo contem a ela. Mas o que o Brasil ganha anistiando a tchutchuca do centrão? O jaburu vendeu como uma paz na quase guerra civil brasileira, como se a noivinha do Aristides tivesse algum poder fora do poder. Talvez o jaburu esteja legislando em causa própria, sabendo que para fazer um Brasil melhor, estes últimos 6 anos precisam ser passados a limpo. De todos os crimes que foram cometidos no Brasil para parir o coiso em Brasília, até a agora só a prisão do Lula foi revisada, quem o botou na cadeia está livre leve e solto, quem proporcionou tudo isto tirando a Dilma continua rico e lucrando com empresas em paraísos fiscais e dando risada, o centrão continua se vendendo pelo melhor lance, secretamente ou mesmo na luz do dia, nada mais mudou ou foi revisado neste país. E precisa ser revisado, punir os culpados para que novos culpados não sejam criados. Senão, daqui a 25 anos vamos estar novamente pensando em anistiar os novos criminosos, pois o crime compensa e muito neste país. Temos que ter cuidado com gente que banalisa os crimes, pois eles mesmos podem cometer um crime e querer perdão depois se a coisa ficar feia para o lado deles, como se fosse uma decisão muito dificil, entre prender um criminoso ou deixá-lo solto para que continue a sua obra.

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