QUE FRACASSEM

Bolsonaro disse no discurso da diplomação: “A partir de 1º de janeiro serei o presidente de todos, dos 210 milhões de brasileiros. Governarei em benefício de todos sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade, ou religião”.

Ninguém governa em benefício de todos. Em lugar nenhum. Podem governar para uma maioria, muitas vezes para uma minoria. Mas para todos, com os mesmos benefícios, é claro que ninguém consegue.

Não há como governar para fazendeiros, grileiros, desmatadores, negociantes do pré-sal, saqueadores da Previdência, das leis trabalhistas e do SUS e achar que governa para todos.

Não tem como governar para todos com Sergio Moro, Paulo Guedes, uma pastora reacionária, um ministro do meio ambiente que favorece poluidores e um chanceler que atribui o alerta sobre o aquecimento global a uma trama do comunismo.

Não há como governar para apoiadores de grupos nazistas e fascistas e achar que engana dizendo que também governa para as minorias que esses grupos atacam e desqualificam sem escrúpulos. Não tem como Bolsonaro governar para gays, negros, índios e miseráveis.

Eu desejo que o governo Bolsonaro – pela figura que o lidera, pelo que se propõe a fazer, pelo que significa como retrocesso em relação às grandes questões da humanidade, pelo ódio de seus apoiadores e pelos corruptos impunes que abriga – seja um grandioso fracasso.

É um direito que tenho. Não posso torcer por esse governo. Nem sob tortura. Estou fora. Fracassem! Fracassem! Fracassem!

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