QUEM TOPA SER CÚMPLICE DE BOLSONARO?

Só haveria uma chance de salvação para Bolsonaro hoje. Fazer uma reforma ministerial, livrar-se de Damares, Weintraub, Araujo e todo o resto e atrair para o governo alguns dos notáveis da direita e do liberalismo na economia, como Armínio Fraga, e na área cultural, como um pensador da dimensão de Eduardo Gianetti da Fonseca.

Mas eles topariam? Alexandre Schwartsman toparia? Paulo Skaf poderia topar, para cooptar os empresários?

No início do governo muitos talvez aceitassem. Mas hoje ninguém mais quer aparecer ao lado de Bolsonaro e dos seus vínculos com milicianos.

É provável que nem Sergio Moro, se estivesse fora do governo e fosse chamado para substituir Sergio Moro, topasse essa empreitada. Nem ele toparia. Nem Dallagnol.

Quem ainda se dispõe a ser cúmplice de Bolsonaro no aparelhamento do Estado para blindar a família, enquanto os generais tentam tocar um governo já desgovernado?

O que sobrou mesmo para Bolsonaro foi só Roberto Jefferson?

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O DESESPERO
O jornalismo amigo da direita – e que ajudou a inventar Bolsonaro – agarra-se à ideia de que Bolsonaro tenta se fortalecer ao induzir Sergio Moro a ir embora, ao esvaziar Paulo Guedes, ao entregar o poder aos militares e ao atrair o Centrão.
O que temos é um Bolsonaro desesperado.
Bolsonaro está cada vez mais fragilizado. Seu único interesse, em meio à pandemia, é cuidar dos problemas policiais da família.
Bolsonaro não governa mais. É governado por Braga Netto e pelos militares que levou para o poder.

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