A tragédia e suas lições

Compartilho, para que o tema não seja esquecido, dois artigos da socióloga e pesquisadora Naia Oliveira sobre a necessidade de se olhar para muito além do que viu de perto na recente catástrofe ambiental do Rio Grande do Sul. Compartilho os dois textos ao mesmo tempo porque são complementares e para que não se perca

Os destruidores perderam o controle da destruição

Água, fezes, ratos e lixo brotam do chão de Porto Alegre. Bueiros estouram como furúnculos da cidade doente. Bairros das periferias, que já não contavam com recolhimento de lixo, como o entorno da Hípica, na zona sul, são grandes aterros de imundícies. O centro da cidade e bairros pobres e ricos são aterros sanitários. Porto

O que há nos subterrâneos de Porto Alegre?

Será que um dia descobriremos o que tomamos na água suspeita de Porto Alegre? E quem provoca esse gosto e esse fedor? Li no fim de semana que uma empresa, a Cettraliq,  “trata” os rejeitos (os tais efluentes) de 1.500 clientes e despeja os ditos efluentes no esgoto. Os efluentes vão, claro, parar no Guaíba.

A realidade e o marketing dos poluidores

O presidente da empresa citada em uma reportagem do jornal Extra Classe sobre a poluição ambiental em Guaíba gosta de falar de manuais de postura ética nos jornais. Walter Lídio Nunes tem até uma coluna de pregação de bons modos corporativos na Zero Hora e bate forte nos políticos corruptos. Ele sabe o que fazer

Os poluidores de sempre

Li agora a reportagem da Sinara Sandri no jornal Extra Classe online sobre os danos provocados pela expansão da CMPC Celulose Riograndense em Guaíba. A antiga Borregaard já mudou várias vezes de dono e de nome, mas continua assustadora. Sou seu vizinho. Enxergo sua chaminé e suas fumaças suspeitas vindo do outro lado do Guaíba.