Um juiz cuidadoso

Este áudio expõe a ação seletiva da Lava-Jato e do juiz Sérgio Moro. Em depoimento recente ao juiz, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró detalhou como teria sido abordado por gente do PMDB para que pagasse US$ 700 mil ao partido, como propina, para continuar no cargo.

Cerveró diz inclusive que teve um encontro com Michel Temer, presidente do partido, para tratar do assunto. A data do encontro não foi informada.

Quando um advogado tenta esclarecer detalhes do encontro com Temer, o juiz Sergio Moro intervém, porque o assunto não faz parte da acusação e porque (diz ele) “não tem competência este juízo para este tipo de questão”.

Moro não diz, mas o que ele quer dizer é que Temer tem foro privilegiado e que a inclusão do homem do Jaburu na conversa poderia comprometer seu trabalho.

Só que o juiz não teve o mesmo cuidado quando grampeou Dilma e Lula e enviou a gravação da conversa para o Jornal Nacional. O Supremo decidiu depois que Moro, um juiz de primeira instância, não poderia ter grampeado Dilma (que nem investigada era) sem autorização do STF.  Moro agiu ilegalmente contra a presidente da República, mas aí Inês estava morta.

Agora, com o homem do Jaburu, o juiz é bem mais cuidadoso.

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