O QUE OS MILICIANOS TÊM QUE OS POLÍTICOS CORRUPTOS NÃO TÊM?

Sergio Moro e Deltan Dallagnol, que sempre emitiram opiniões categóricas sobre decisões que restringem a caçada a corruptos, ficarão quietos diante do canetaço de Dias Toffoli que blinda os milicianos cariocas?
Nenhum dos dois vai dizer que a decisão conspira contra os que combatem o crime organizado?
Este ano, em março, Moro e Dallagnol atacaram o Supremo quando o STF decidiu que processos da Lava-Jato que envolvem caixa dois e demais atos associados a crimes comuns, como corrupção, deveriam tramitar na Justiça Eleitoral.
Moro achava que o Supremo estava jogando no colo da Justiça Eleitoral crimes complexos que esta não poderia avaliar e julgar. Moro subestimou a Justiça Eleitoral e mais uma vez criticou a mais alta Corte do país.
O mesmo fez Dallagnol, sobre o mesmo assunto, quando disse que, ao enviar os processos para a Justiça Eleitoral, os ministros “mandavam mensagem de leniência”. Aqui no sentido de tolerância com o crime. Ele quis dizer e disse que os ministros faziam concessões a corruptos.
O procurador que era chefiado por Moro na Lava-Jato chegou a ter sua declaração investigada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, por solicitação de Dias Toffoli.
Não deu em nada. Dallagnol disse que agir com leniência era uma coisa e ser leniente era outra. Ser leniente talvez fosse o que ele fazia em relação a Sergio Moro, que agia como seu chefe na Lava-Jato e ele se resignava diante das ordens do juiz.
Agora, quando a decisão de Toffoli benenficia o filho de Bolsonaro e acaba por beneficiar também Queiroz e os milicianos do Rio, Moro e Dallagnol ficaram quietos.
Toffoli não estaria conspirando contra os que fazem a guerra de combate ao crime organizado? Por que Moro e Dallagnol, sempre tão desafiadores das decisões do Supremo, agora estão calados?
O que os milicianos têm que os outros corruptos não têm?

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