OS CONSOLOS DA DIREITA

A direita sempre busca consolos nas derrotas (quando não busca golpes). A direita argentina, por exemplo, esperava perder de 7 a 1.
Não foi bem assim. Alberto Fernández fez 48,08% dos votos e Maurício Macri teve 40,5% (com 95% dos votos apurados).
Nas prévias, em agosto, Fernández obteve 49,49% e Macri, 32,93%.
De lá até o dia da eleição, o governo investiu no terror. Provocou alta do dólar, assustou os argentinos com a ameaça de que o país perderia a confiança internacional (que foi o que aconteceu com Macri) e conseguiu melhorar a performance de Macri em mais de sete pontos.
Perdeu de qualquer forma, em quase todo o país, como mostra o mapa em que as áreas em branco são as ainda indefinidas na apuração. Mas não foi o desastre esperado pelo macrismo a partir do que indicavam as pesquisas.
Até dezembro, quando Fernández e Cristina tomam posse, a direita fará tudo para desestabilizar o país, como fizeram no Brasil até a concretização do golpe.
Mas, para dizer o óbvio, a direita argentina não terá lá as facilidades que a extrema direita aliada aos tucanos teve aqui.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


4 + 5 =