À espera do grande furo e da rapadura especial

Foi uma sexta-feira daquelas, com as novas revelações sobre o golpe, a partir de delações dos generais que afrontaram Bolsonaro e agora o denunciam como chefe do esquema.

Mas a conclusão, ao final do dia, é essa: quase todos os jornais têm as mesmas informações, como se todos vendessem as mesmas rapaduras.

Claro que hoje melhorou muito a qualidade das rapaduras. Mas são rapaduras que todos têm. Mudam, mas em casos raros, só o tamanho, a doçura e a crocância.

Por que tudo parece igual num dia de denúncias fortes? Porque Alexandre de Moraes levantou o sigilo de 27 depoimentos de personagens do golpe.

O esforço do jornalismo foi o de tentar, na correria, dar hierarquia ao que cada um disse de relevante.

A guerra pelo furo, pela informação que só um tem ou acha que tem, vai melhorar muito o jornalismo nos próximos dias, a partir dessas revelações. Aí o bicho vai pegar.

Pena que as rapaduras de hoje tenham chegado às vésperas de um fim de semana, o que pode indicar que só teremos novas rapaduras a partir de segunda-feira, ou não, como diria Caetano Veloso.

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