A TÁTICA DA GANGUE DO GOLPE NOS JORNALÕES
Todos os jornalistas da Gangue do Golpe de 2016 se juntaram para cobrar de Alexandre de Moraes as provas que o levaram à ação contra os tios milionários do zap.
A direita do jornalismo brasileiro, entrincheirada nas grandes corporações, era orientada pelo tucanismo, mas há muito tempo passou a ser pautada pela extrema direita.
A Gangue do Golpe cumpre as ordens dos golpistas, para provocar Moraes e desafiar o TSE e o Supremo. É o mesmo tom do editorial de hoje do Estadão.
Como se o ministro fosse entregar aos fascistas, por recado da imprensa, a estratégia para enquadrá-los por formação de quadrilha.
É interessante notar que a Gangue tenta desqualificar a ação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro, como se tudo se resumisse a uma questão pontual.
Tem gente dessa turma escrevendo que Moraes busca apenas estrangular o financiamento das movimentações que articulam os atos de 7 de Setembro.
É uma bobagem. Como se a articulação para os atos golpistas dependesse do dinheiro dos milionários.
É um raciocínio desrespeitoso com o TSE, com o Supremo e com a inteligência média de quem paga para ler esse tipo de ‘análise’.
Alguém imagina mesmo que Alexandre de Moraes determinaria a ação de alto risco político contra os tios do zap para bloquear a circulação de dinheiro para o 7 de setembro?
Até as emas de Minas, primas das emas do Palácio do Alvorada, sabem que Moraes está cercando os grupos para chegar a um resultado muito mais amplo, e não só ao cagaço para que eles parem quietos.
O ministro vai chegar, e já deu indícios de que está chegando, aos financiadores das milícias digitais de Bolsonaro.
A Gangue do Golpe deveria ler mais. Deveria saber, por exemplo, como escreveu o jornalista Marcelo Auler, no Brasil 247, que Moraes está desafiando o imobilismo e o colaboracionismo do PGR Augusto Aras.
A Gangue do Golpe está trabalhando contra o esforço do ministro para enfrentar todas as frentes que protegem ou relevam o golpismo, inclusive dentro do Ministério Público.
O trabalho de afronta ao TSE é articulado (há nos jornais o mesmo tom, em todas as “análises”) e sob a liderança de um conhecido golpista, que só não é bolsonarista juramentado porque a corporação que o emprega é inimiga do sujeito.
Não digo o nome para não criar ciumeira, porque pelo menos três deles acham que chefiam a Gangue e suas franquias regionais.
(Sempre lembrando que essa mesma turma nunca pediu as provas que Sergio Moro dizia ter contra Lula)
Foi só chegar perto dos endinheirados que a grande maedia sai em defesa deles. Quando o Estado cai de porrete nos pobres os grandes empresários aplaudem.
Obrigado, moisés Mendes, por mais um texto inteligente daqueles que jogam luz onde a imprensa domesticada quer confundir.
Obrigado, Gerson Luis Miltzarek, meu colega de arquibancada por seu comentário igualmente perspicaz e inteligente.