BOLSONARO NA SEMANA QUE VEM

A manchete do Globo online, que outros jornais já estamparam nos últimos dias, com formulação semelhante, é esta:
“Queda de popularidade de Bolsonaro entre apoiadores acende sinal de alerta para 2022”
O homem não sabe se o seu governo sobrevive até a semana que vem, mas os analistas já tentam tratar do cenário de 2022.
Como se, em meio aos incendiários da Amazônia, à crise do filho envolvido com milicianos, ao aumento do desemprego, às traições na base aliada e à destruição dos serviços públicos e às bobagens que diz diariamente, Bolsonaro pudesse pensar num cenário para daqui a quase três anos.
O que o Globo e outros tentam fazer, na verdade, não é ver a perspectiva pelo ponto de vista dos bolsonaristas, mas da possível ressurreição dos tucanos ou de algo que se assemelhe a um deles.
Doria Júnior é a aposta de um centro disfarçado, que é apenas a direita não-bolsonarista. Se não der certo, tem Luciano Huck. Se Luciano Huck não der certo, encontrarão outro.
O que parece irreversível é que Bolsonaro se protege cada vez mais no terço que lhe é fiel, na esperança de que possa ampliar esse lastro baseado em antipetismo cada vez mais radical, racismo, xenofobia, homofobia, armamentismo e fortalecimento das polícias e das milícias.
Até na Região Sul, o reduto do reacionarismo, a rejeição a Bolsonaro aumentou de 31% para 35%.

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