E se o método Sergio Moro se espalhar?

Uma questão que geralmente é formulada e abordada de forma precária: os defensores da Justiça a qualquer preço, principalmente da exercida pela turma de Curitiba, não temem que os exageros de hoje sejam usados mais adiante contra eles mesmos?

O artigo “A execução de Göttig e o alerta: existem juízes fora de Berlim!”, do ex-governador Tarso Genro, no Sul21, oferece mais inquietação (o que é bom), com profundidade, a quem ainda se pergunta sobre os efeitos futuros dessas distorções. A interrogação que vai e volta sustenta um dos eixos do artigo.

Tarso se refere, entre outras, à tática das delações “forçadas por prisões permanentes”, usada no atacado pelo juiz Sergio Moro. Este seria um dos “remédios ilegais” (incluindo vazamentos seletivos) que podem se virar inclusive contra “os promotores da exceção”.

Resumindo, a pergunta curta e simplificada é esta, agora na minha versão: a direita em êxtase não teme que os excessos do juiz Moro e de seus seguidores sejam usados mais adiante, por disseminação da deformação, contra ela mesma?

Tarso prevê: “A transgressão pode contaminar toda a ordem jurídica, tornando-se normalidade arbitrária”. É um bom recado para quem até agora só aplaude as decisões de Moro, mas pode também entrar numa fila que em algum momento terá de andar, não necessariamente em Curitiba.

O artigo de Tarso está aqui:

http://www.sul21.com.br/jornal/a-execucao-de-goettig-e-o-alerta-existem-juizes-fora-de-berlim/

 

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