O desastre da Globo ao esnobar o jornalismo
A Globo abriu mão do jornalismo e provocou o que já é considerado o maior desastre de uma cobertura do Carnaval na TV. Tudo porque Boninho, o ‘gênio’ que produz as farsas do Big Brother, também decidiu produzir desastres numa área que não domina.
É um fiasco histórico. A Globo descobriu desde o ano passado que há jornalistas negras e negros. Muitos deles estão brilhando na reportagem de rua, o que só prova que a organização preferia repórteres brancos.
Os jornalistas negros eram formados, estavam no mercado, mas sempre foram esnobados durante décadas pelas organizações supremacistas, entre as quais a Globo. Glória Maria era apenas uma das exceções.
Mas essas e esses jornalistas negros, numa festa que tem a essência da negritude, não aparecem na cobertura do Carnaval, com as exceções, mas não vamos de novo falar de exceções.
O fracasso é uma lição também para parte das esquerdas (e do governo), que acha possível viver sem o jornalismo das mídias de resistência em tempos de fascismo bolsonarista e de fortalecimento da hegemonia das corporações.
Não há Carnaval nem democracia sem repórteres e sem jornalismo. Influencers e celebridades podem ter relevância em suas áreas, mas não substituem jornalistas.
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EM JULHO?
Informam que a Polícia Federal irá ouvir Bolsonaro em julho. Ora, julho está muito longe.
Até lá, pode ter acontecido o apocalipse, e depois do apocalipse é improvável que a PF esteja funcionando direito.
Precisamos de novidades pra já, para logo depois da quarta-feira de cinzas e muitos antes do fim da quaresma.
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APOCALIPSE
A guerra do momento ainda é a da turma da Ivete contra a turma da Baby. Só no Brasil debatem o apocalipse em cima de um trio elétrico e no meio de um porre no Carnaval.
E Joãosinho Trinta não está aí para nos socorrer.