O JORNALISMO E O VÉIO DA HAVAN

Na Superlive de domingo do DCM, o assunto é a estratégia de Luciano Hang, o véio da Havan, para tentar calar jornalistas com ações na Justiça. São mais de 60 ações.

A live, às 17h, terá Kiko Nogueira, o deputado Paulo Pimenta, o jurista Wadyh Damous e esse que vos fala. Eu enfrento três ações, em São Paulo, Porto Alegre e Brusque. O DCM enfrenta meia dúzia.

A live terá participações especiais do arquiteto Rafael Passos, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil no RS, e do advogado Marcio Felix, que atua em processos em que o bolsonarista é acusado de abuso de poder econômico.

Vamos tratar exatamente de abuso de poder econômico, disseminação do ódio, ataque sistemático aos discordantes e disseminação de fake news e das réplicas grotescas da estátua da liberdade, mesmo que sob o protesto das cidades.

O resto todo mundo sabe. Investigações e processos por sonegação de contribuição para o INSS e de impostos, lavagem de dinheiro, contrabando, alguns com condenação e outros com prescrição ou renegociação de dívidas, porque o sujeito acredita muito na Justiça.

A live tratará também de uma pergunta incômoda: quem tem medo do véio da Havan?

Muitos têm medo, mesmo com o suporte das instituições e das entidades de representação que lideram, o que é uma vergonha.

Deveria ser o contrário. Muitos deveriam ter a bravura de um Rafael Passos, que defende os arquitetos dos ataques do indivíduo.

Os silenciosos e distantes acham que essa gente está pisando nas flores e nos jardins dos outros e isso não é com eles.

E assim ele continua agindo, mesmo que às vezes suas investidas sejam contidas pelo Judiciário, como aconteceu agora no Supremo em processo que moveu contra o jornalista Luis Nassif, do GNN.

Na sentença que favorece Nassif, o ministro Dias Toffoli diz que a Justiça não deve permitir “atos persecutórios” contra jornalistas. O nome disso, numa palavra, é perseguição.

Os juízes sabem muito bem. Sabem mais do que todos nós.

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A DELEGADA
A delegada Denisse Ribeiro sai do caso das fake news na Polícia Federal , porque entrará em licença maternidade, e talvez nem volte ao inquérito. Porque o tempo terá passado, as investigações terão evoluído e os tempos serão outros.

Denisse entregou ontem ao ministro Alexandre de Moraes um resumo do que apurou até agora da estrutura de disseminação de mentiras, com o suporte financeiro de empresários.

A principal conclusão não chega a ser novidade. A PF confirma que tudo acontece dentro do gabinete do ódio, que funciona dentro do governo para produzir fake news e atacar inimigos do bolsonarismo, entre os quais jornalistas.

Denisse Ribeiro deixa claro que há conexão entre as declarações de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas e o trabalho do gabinete. Fica sugerido que as facções das fake news trabalham junto com Bolsonaro e abastecem suas intervenções.

Nos resta desejar que a delegada e seu bebê tenham uma licença com muita saúde. E que o seu substituto leve adiante uma investigação decisiva para que muitos impunes sejam finalmente enquadrados, principalmente os financiadores do esquema. E que sejam também encarcerados.

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É BOM PERGUNTAR
Sergio Moro foi ao Nordeste e cometeu mais uma gafe ao se referir ao agreste cearense (que não existe). Foi esculachado pelo cearense adotado Ciro Gomes.

“Moro passou aqui pelo Ceará hoje e disse que esteve reunido com os agricultores do agreste do Ceará. Sergio Moro, na geografia do Ceará não tem agreste. Só uma informação cultural”, disse Ciro.

Em 2002, quando andou pelo Rio Grande do Sul em campanha com Brizola, numa reunião em Itaqui, um líder local discursava e falava dos problemas da lavoura orizícola.

Ciro ouviu até o fim e, quando o homem terminou o relato, fez o certo e perguntou:

– Mas o que é orizícola?

Saíram dali e foram comer um churrasco, com arroz, é claro.

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NAZISTAS
Bolsonaro e os garotos fracassaram na tentativa de criar um partido só deles.

O eleitor de classe média de Bolsonaro quer vê-lo sempre como uma gambiarra antiLula, não como alguém capaz de liderá-lo.

Os nazistas poderiam então ter um partido que a família não tem?
Os nazistas são mais organizados e têm uma base mais fiel do que os Bolsonaros?

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HUMOR

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