O PÂNTANO DOS JUÍZES QUE PERSEGUEM CRISTINA KIRCHNER

Mais um exemplo da podridão do sistema de Justiça argentino, que repete na perseguição a Cristina Kirchner o que aconteceu aqui com o lavajatismo que caçou e encarcerou Lula.

Há poucos dias, o jornal Página12 revelou conversas de juízes federais, ex-agentes de inteligência, políticos e gente ligada a Mauricio Macri e o jornal Clarín.

Eles tentavam encobrir uma viagem secreta que fizeram à Patagônia, em outubro, todos no mesmo avião, pouco antes do julgamento de Cristina Kirchner.

Dois juízes que participaram da viagem lidam com o processo que acabou por condenar Cristina agora a seis anos de prisão por denúncias de corrupção, sem provas.

Pois esta semana aconteceu mais um episódio estranho envolvendo os juízes amigos de Macri.

Um dos magistrados da viagem secreta, Pablo Yadarola, fez uma denúncia formal para que se investigue quem vazou as conversas escabrosas.

A denúncia de espionagem caiu com quem? Com o juiz Julián Ercolini. E quem é Ercolini? É o outro juiz participante da excursão à Patagônia e que ajudou a condenar Cristina.

Para que não ficasse muito evidente que era mais uma armação, a ação foi sorteada e caiu nas mãos do juiz Ariel Lijo.

E o que fez Lijo? Atendeu a um pedido do promotor Eduardo Taiano e ordenou que sejam retirados da internet os diálogos que denunciam a viagem secreta e a trama dos envolvidos na tentativa de enganar jornalistas.

Os viajantes que iriam condenar Cristina tentaram, nas conversas grampeadas por um hacker, inventar até gastos falsos de viagem para tentar desmentir o que está provado: que fretaram um avião para ir a uma fazenda.

O que fizeram na fazenda os juízes que logo depois iriam condenar Cristina? Foram aprender a pescar com isca de mosca, segundo a versão de um deles.

Participaram da viagem executivos do jornal Clarín, inimigo histórico de Cristina e dos peronistas.

O que vai acontecer com os juízes, que deveriam ter sido impedidos de julgar e condenar Cristina?

O advogado Marcelo Eduardo Hertzriken Velasco formalizou uma denúncia contra a turma, para que a viagem seja investigada.

Mas ninguém na Argentina acredita que possa resultar em punição ou impedimento dos juízes que perseguem Cristina em conluio com a direita e a extrema direita.

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