POBRES TEMEM PERDER O QUE NÃO TÊM

Um trabalhador da zona sul, que presta serviços diversos por empreitada, me assegurou há alguns dias que Lula vai tomar tudo não só dos ricos, mas também dos pobres.

Perguntei: tudo como? E ele explicou que as casas e até as poupanças dos pobres serão confiscadas.

Leio agora na Folha que Bolsonaro está espalhando que Lula vai confiscar heranças. Que herdeiro algum vai ter o que é dele depois da morte de pai ou mãe ou outro parente que tenha deixado bens.

Bolsonaro disse isso sobre a ameaça em discurso no acampamento Nova Jerusalém, na zona rural de Samambaia, perto de Brasília:

“A pessoa morre e não fica para os filhos; fica para o Estado a sua propriedade”.

Aí entendi a história do meu amigo empreiteiro, um cara que admiro muito e com quem gosto de conversar, que tem um Palio com mais de 20 anos e diz conseguir fazer poupança.

Se esse cara acredita nessas histórias, quem não acredita da mesma turma dele, da família, dos amigos?

Muitos pobres voltaram a acreditar que podem perder o que não têm.

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O FUZIL
Bons tempos em que fuzil era apenas um truvisco da parte elétrica das casas.

Me criei ouvindo: queimou o fuzil de novo, troca o fuzil, vê se não foi o fuzil, tem fuzil novo no armário.

Poucos sabiam trocar o fuzil com segurança. Muitos se foram trocando o fuzil.

Até que um dia alguém estragou tudo e decidiu que o nome certo da coisa era outro.

E o mundo virou isso que está aí. O que Roberto Jefferson fez foi enfiar os dedos no fuzil.

Dia 30, vamos trocar o fuzil.

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VOTO CRÍTICO
O voto crítico do PT em Eduardo Leite vai eleger o tucano e está certo, é o que deve acontecer.

Mas ele está convencido de que vai ser eleito porque é irresistível.

Tem um egocentrismo misturado a uma arrogância perigosa. Te cuida, Eduardo Leite, porque voto crítico é muito instável.