Vice militarista começa a brilhar mais do que o fascista argentino

Mais um problema, desta vez para a autoestima do inseguro Javier Milei. O jornal La Nación encomendou uma pesquisa sobre a imagem de figuras públicas argentinas ao instituto Fixer.

A conclusão mais preocupante para o fascista: a imagem da vice dele, a também fascista Victoria Villarruel, é melhor do que a do presidente.

A vice, que representa a voz dos militares no governo, tem 50% de menções positivas e 45% negativas. E se sabe que Milei tem inveja da vice.

Milei tem 49% a 49%. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, tem 49% a 48%. O governador da província de Buenos Aires, o peronista Axel Kicillof, tem 41% a 53%.

Entre os ex-presidentes, o direitista Mauricio Macri está um pouco melhor do que Cristina Kirchner. Macri tem 33% de avaliação positiva e 53% de negativa. Cristina tem 33% a 57%.
Sergio Massa, o candidato peronista na eleição vencida por Milei no ano passado, está mal na foto. Tem 21% a 60%.

O mais assustador é que Milei, que aprofundou a miséria no país em nome do déficit zero, ainda tem o apoio de metade da população.

A pesquisa foi feita muito antes da megamanifestação de estudantes e professores em toda a Argentina essa semana. O único peronista que aparece mais ou menos na pesquisa é Axel Kicillof.

Mas o que importa é a possibilidade de guerra de beleza entre o presidente e a sua vice. Analistas dos humores do governo já apontaram para situações em que Milei pediu para que ela aparecesse menos.

Ele também a acusou de ter feito barbeiragens na condução de votações de pautas do governo no Congresso. Victoria é presidente do Senado, um cargo que, como manda a Constituição, cabe ao vice. Assim, ela ganha alta exposição e tem sido visto como a imagem do militarismo.

Transpira na Casa Rosada a sensação de que Milei teme ser tutelado pelos militares de Victoria, no caso de um novo fechamento do regime, o que parecia ser improvável até o ano passado, mas nos últimos anos deixou de ser.

Fechamento, nesse caso, não significa necessariamente uma nova ditadura, mas a imposição do governo pela força, pelo medo e pelo autoritarismo, com maior repressão e protagonismo dos militares, como Bolsonaro tentou fazer no Brasil.

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