A GRANDE IMPRENSA É DIVERTIDA
Parem o que estiverem fazendo, parem de piscar e leiam essa, que está na capa do Globo, em chamada da coluna de Merval Pereira, o Rubinho do jornalismo de direita.
Esta é a descoberta do ano sobre Bolsonaro:
“Merval: Acusação de genocídio não é mais retórica, baseia-se em fatos”
E tem mais essa constatação do William Waack em sua coluna no Estadão, sobre a elite que finalmente descobre a indignação:
“Boçalidade de Bolsonaro em Nova York constrange a elite brasileira”
E, para finalizar, mais essa do Globo em que Fernando Henrique faz uma concessão e, num gesto grandioso, inclui o PT numa frente ampla:
“FH defende frente ampla contra Bolsonaro, incluindo PT: ‘Eu não discrimino’
Os tucanos já não têm votos, mas ainda têm humor. FH é muito engraçado.
Como se fosse possível imaginar uma frente ampla só com o Amoedo, o Doria, o Datena e o Mandetta. Daria uma frente ampla com 3% do eleitorado.
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SÓ LENDO
Quando se nega a responder perguntas, na CPI do Genocídio, o lobista Danilo Trento baixa a cabeça, vacila e lê um texto à sua frente:
“Senhor senador, com todo o respeito, vou exercer o direito de permanecer em silêncio”.
Para dizer essa frase, o homem precisa ler o que está escrito no papel. Com algumas variações.
Como um sujeito travado e tão limitado consegue integrar as facções das vacinas e de muitas outras pilantragens de milhões de reais?
Caiu muito a qualidade das quadrilhas com a ascensão da extrema direita ao poder.
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TUDO DEPENDE DO DIA 2
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que, se fosse para espalhar negacionismo, notícias falsas e coronavírus, Bolsonaro não deveria aparecer na cidade.
Bolsonaro apareceu. Discursou na ONU, andou pela cidade e fez aglomerações sem máscara na frente do hotel, mesmo depois de saber que seu ministro da Saúde estava infectado.
Não aconteceu nada. Bolsonaro faz em Nova York o que faz no Brasil, e nós ficamos debatendo se o ministro infectado cometeu crime ao apontar o dedo do meio para os manifestantes.
Nós estamos discutindo a sério se apontar o dedo é crime, enquanto o número de mortos da pandemia se aproxima de 600 mil, a miséria aumenta e o país já está quebrado.
Até agora, nem a ONU, nem o prefeito de Nova York conseguiram segurar Bolsonaro. É provável que Bolsonaro circule por Cabul, no meio dos talibãs, e não aconteça nada.
Só quem pode conter Bolsonaro é o povo. Se o povo não for às ruas no 2 de outubro, não adianta ficar falando mal do Supremo, do Congresso, da ONU e do dedo infectado do Queiroga.
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Já é uma das fotos do ano, da ocupação dos sem teto, sem comida e sem emprego na Bolsa de Valores de São Paulo.
O Globo dá na capa como reprodução do Twitter do MTST. É foto que deveria ter o nome do autor em destaque.
Eu sempre tive grande respeito por merdal Pereira , William Vaca , Alexandre Garcia e o mainardi dos pampas. O respeito se deve ao esforço que devem ter feito para atingir tamanho grau de imbecilidade . Numa escala um pouco mais baixa do que aquela atingida pelo Senador Heinze.