A TERCEIRA VIA É MUITO FRACA

Continua complicada a situação de Eduardo Leite como moço da terceira via. Na pesquisa do Datafolha em que João Doria é substituído pelo gaúcho, o tucano tem apenas 4%. O mesmo índice da simulação que inclui Doria num primeiro turno.

Os dois estão muito mal. Ciro Gomes tem 12%. Lula vence todos por 7 a 1, em todas as simulações. Num segundo turno com Bolsonaro, ficaria com 56% contra 31%.

Mandetta, Datena, Simone Tebet, Rodrigo Pacheco, Aldo Rebelo e Alessandro Vieira ficam todos abaixo dos 4%.

Outras conclusões: os ricos são a grande base de sustentação de Bolsonaro, que virou um político dos empresários e dos machos com dinheiro e dos que pensam que têm dinheiro ou que são machões.

O bolsonarismo fez com que qualquer reacionário dono de uma birosca se considere empresário.

O detalhe mais relevante é este: os evangélicos, que começam a
rejeitar Bolsonaro, não são, como parte da esquerda pensa, uma trincheira incondicional do bolsonarismo.

Segundo o Datafolha, eles representam 26% da amostra populacional e dão 38% dos votos a Bolsonaro e 34% a Lula, numa das simulações. Em outra amostragem, dá 36% a 32%.

A distância é mínima. O que as esquerdas precisam entender, porque dados semelhantes já apareceram em pesquisas anteriores, é que os evangélicos, na média, não são os neopentecostais ligados à extrema direita.

Essa é a diferença que muitos ainda não compreendem. Dizer que evangélicos e neopentecostais das igrejas bolsonaristas são a mesma coisa é um erro grave. Os evangélicos não são clones da Damares.

Entre os evangélicos em geral, a rejeição a Bolsonaro cresceu 11% de uma pesquisa para a outra, chegando agora a 41%. Lula saberá lidar com esses números.

O que a Folha poderia fazer, mas certamente não fará, é separar evangélicos em geral de neopentecostais. Aí sim, entre o pessoal que faz exorcismos, iria aparecer o apoio maciço a Bolsonaro.

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PESQUISAR É PRECISO
A próxima pesquisa do Datafolha pode informar o seguinte: dos quatro filhos de Bolsonaro, dois continuam aprovando o governo do pai, um acha o governo regular e o outro não opinou porque já está preso.

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JORNALISMO DA FUMAÇA
Que os adolescentes que estavam na fila da vacina não leiam essa “interpretação” de Vera Magalhães, no Globo, para a decisão criminosa de Bolsonaro.

Essa é a sacada da jornalista:

“Suspensão da vacinação de adolescentes é cortina de fumaça”.

Então tá combinado. A nova etapa do genocídio foi apenas mais uma cortina de fumaça.

E tem, no mesmo Globo, mais essa brincadeirinha do Nelson Motta com a depressão dos outros:

“Bons de cama não têm burnout. Dormir bem é fundamental para viver bem, é óbvio e redundante, mas como dormir bem com um barulho desses em que vivemos?”

Segundo o sujeito (que na velhice aderiu com tudo à direita), só tem problemas emocionais quem não dorme ou, pelo que o título sugere, não faz sexo para esquecer o terror bolsonarista.

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CHARGE

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