De rabo preso com o fascismo, Folha escolhe Alexandre de Moraes como novo alvo
A democracia depende de resoluções decisivas do ministro Alexandre de Moraes, que coordena no Supremo inquéritos contra fascistas desde 2019.
E Moraes é o novo alvo da Folha. Na sequência de pautas em que tenta agradar a extrema direita, o jornal ataca hoje o humor do ministro, apresentando-o como piadista.
A mais temida autoridade da República por manés, manezões e terroristas ainda impunes é mostrado como alguém que faz piadas com fascistas.
O que Moraes tem feito em palestras e declarações públicas é relatar, com o recurso do humor, situações absurdas provocadas pela extrema direita.
Mas a Folha saiu atrás de especialistas para avaliar a postura do ministro.
Um resumo possível é o de que um ministro do STF que aborda a realidade brasileira com alguma leveza não é uma pessoa séria e pode até ser considerado parcial por quem será julgado por ele.
O irônico Gilmar Mendes, que não poupa o lavajatismo com o seu sarcasmo, estaria na mesma linha?
Só falta agora uma grande reportagem da Folha mostrando que o contrabandista de joias foi um grande estadista.
Não duvidem. A Folha já defendeu em editorial que o bolsonarismo é uma alternativa de oposição saudável ao governo Lula.
A Folha, que desistiu do jornalismo e engana seus leitores com manchetes diárias sobre pesquisas do Datafolha, atira-se sem pudor nos braços dos bolsonaristas.
O Datafolha é o principal repórter da Folha. O jornal não consegue esconder a decadência e a opção desesperada pela preservação do bolsonarismo como única forma de enfrentar Lula.
A Folha está de novo com o rabo preso com o golpismo. É um rabo elástico, de um modelo antigo, do tempo da ditadura.
Depois desta só falta uma manchete dizendo que o Moro, por sua sisudez e maneira de falar é um cara altamente sério e comprometido com a justiça..
Quem lê a falha hoje? Nem bolsoneros, muito menos petistas. Deixe que procurem o nicho deles.