VEM AÍ NA TV O FOFINHO VENDEDOR DE REMÉDIOS
Bolsonaro derrubou todo mundo nas previsões anteriores sobre o que diria na TV. Como não há racionalidade nos atos do sujeito, todos chutam pra todo lado.
Hoje, ele fala de novo, às 20h30min, na hora do panelaço, e a linha geral é esta: vem aí outra vez o Bolsonaro fofinho, que pode até se sentir à vontade para vender em rede nacional o remédio milagroso fabricado pelo amigo dono do laboratório.
Com a propaganda do governo (agora é propaganda oficial) defendendo o uso em massa do medicamento, daqui a pouco teremos cloroquina do Paraguai vendida nas esquinas.
O BOLSONARO EMPREENDEDOR
Flavio Bolsonaro é o empreendedor da família. Foi quem conseguiu reunir uma fortuna em imóveis para ele, o pai e os irmãos calculada em levantamento da Folha em R$ 15 milhões.
Quando Bolsonaro foi encurralado pela crise da pandemia, disseram que ele era quem produzia a tentativa de reação do pai nas redes sociais, e não o irmão especialista em mentiras, o Carluxo.
Mas Flavio saiu de cena. Eduardo aparece de vez em quando, para atacar a China, Carluxo continua ativo no Twitter, mas o filho senador se aquietou.
Flavio é o mais acuado de todos, por causa das investigações sobre as rachadinhas com Queiroz, que a Globo decidiu retomar em reportagens no Jornal Nacional.
O senador não pode brigar com o Supremo, não pode provocar a base aliada (se é que ainda existe) e não pode criar problemas dentro do governo.
Flavio é o cara do dinheiro, não pode perder tempo com brincadeiras. Estariam a cargo dele as negociações em torno da liberação em massa da hidroxicloroquina para combater o coronavírus. Mas tudo nos bastidores.
Flavio foi o primeiro a espalhar nas redes os milagres do remédio. Com é um negócio, é tudo com ele.