CHAMEM O GAITEIRO
Os ministros militares decidiram entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra Gilmar Mendes.
É pela acusação de Mendes de que as Forças Armadas são cúmplices do genocídio da pandemia ao manterem um general como ministro da Saúde.
Bolsonaro queria uma trégua com o Supremo enquanto cuida do complicado caso do Queiroz e toma a sua cloroquina com limonada.
Começou tudo de novo. Só falta Bolsonaro voltar a blefar com o golpe.
Está é a íntegra da nota dos militares em reposta ao ministro do STF:
“O ministro da Defesa e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica repudiam veementemente a acusação apresentada pelo senhor Gilmar Mendes, contra o Exército Brasileiro, durante evento realizado no dia 11 de julho, quando afirmou: “É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável”.
Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia.
Genocídio é definido por lei como “a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso” (Lei no 2.889/1956). Trata-se de um crime gravíssimo, tanto no âmbito nacional, como na justiça internacional, o que, naturalmente, é de pleno conhecimento de um jurista.
Na atual pandemia, as Forças Armadas, incluindo a Marinha, o Exército e a Força Aérea, estão completamente empenhadas justamente em preservar vidas.
Informamos que o Ministério da Defesa encaminhará representação ao Procurador-Geral da República (PGR) para a adoção das medidas cabíveis.
Ilques Barbosa Junior – Almirante de Esquadra – Comandante da Marinha
Fernando Azevedo e Silva – Ministro de Estado da Defesa
Edson Leal Pujol – General de Exército – Comandante do Exército
Antônio Carlos Moretti Bermudez – Tenente-Brigadeiro do Ar – Comandante da Aeronáutica”
Agora virou briga de poderosos e o STF poderia soltar uma nota para marcar posição nesse embate.
Agora, essa questão de genocídio (Brasil caminha para 75000 mortos) poderia suscitar a seguinte questão:
considerando que a melhor estratégia para reduzir os níveis de contaminação pela covid 19, para ATENUAr fortemente os impactos negativos sobre o sistema de saúde, é o isolamento social radical, um autêntico lockdown, e que vários MandatÁrios municipais e estaduais vêm fazendo de conta que têm aplicado esta medida, não seria razoável estender a opinião do ministro também a estes gestores?