O VIDENTE DA MORTE CONTINUA FALANDO

Alguns jornalistas continuam dando espaço para as previsões de um médico e deputado da extrema direita que virou uma das aberrações da pandemia.

O homem deveria estar quieto, envergonhado com o fracasso das suas previsões, sempre na tentativa de orientar as pessoas a conviverem sem restrições, para que se encerre logo o que chamam de contágio de manada.

Mas ele ainda fala. Os jornalistas que insistem em entrevistar o vidente, principalmente em rádios, são cúmplices do mesmo delito que o sujeito comete ao induzir as pessoas ao erro de romperem com o isolamento e voltarem a se aglomerar.

O deputado, até porque tem imunidade parlamentar, pode dizer sem censura as bobagens que quiser nas redes sociais que não decidirem bloqueá-lo. Mas que responda depois por suas orientações e previsões furadas que, combinadas, atentam contra a saúde pública.

Jornalistas não podem ser propagandistas do que ele diz, em nome do espetáculo da morte. Fomentar a propagação de informações falsas, que ampliam a desinformação e, junto, a propagação do coronavírus e da tragédia entre os mais pobres, é crime. Não podem.

Não podem não só porque o homem erra todas as previsões e diz que continua acertando. Os erros grosseiros bastariam para barrá-lo como fonte séria de alguma informação.

O vidente deve ser evitado porque é disseminador de uma inverdade com consequências coletivas graves.

O Ministério Público já poderia ter tomado providências para conter as pregações do vidente, que acha que isolamento social é bobagem, enquanto daqui a pouco estarão morrendo mil brasileiros por dia.

Na Argentina, o vidente seria sendo processado e, se fosse cidadão comum, já poderia ter sido preso. Aqui ele é, depois de Bolsonaro, a grande a atração dos que torcem pela peste.

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GLOBO E FOLHA NÃO QUEREM SABER DO LAUDO
O Estadão, quem diria, está sozinho na briga para conseguir o laudo do teste de coronavírus de Bolsonaro.

O jornal mais reacionário, o mais golpista, o que mais contribuiu para a criação de Bolsonaro, foi abandonado pelos parceiros.

Folha e Globo nem bola dão para o esforço do Estadão em conseguir o laudo. As chamadas de capa sobre o assunto estão nos cantinhos.

E nada é mais importante hoje do que essa briga do Estadão para obter o laudo. Bolsonaro diz que não vai entregar o documento e pronto.

O relatório médico encaminhado ao jornal pela Advocacia-Geral da União, que tentou driblar a determinação da Justiça, não foi aceito pela juíza Ana Lúcia Petri Betto.

Bolsonaro recebeu da juíza um prazo de mais 48 horas. E assim eles vão enrolando, até encontrar um jeito de sair da sinuca.

Se o homem se nega a fornecer o laudo, algo há. Pode surgir de repente, de qualquer lugar, um laudo saído assim, como uma borboleta, de algum lugar qualquer.

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