OS COMENTARISTAS DO TIME DA PESTE

Os comentaristas de futebol são hoje os véios da Havan do entretenimento e do jornalismo esportivo. Não todos, mas talvez a maioria deles.

O mantra agora é este: se os jogos não forem retomados antes do fim do ano, o futebol irá acabar no Brasil.

É previsível que, assim como os comerciantes e os pastores, os comentaristas tentem defender seus interesses. Mas que não pretendam estar acima dos interesses coletivos e da saúde pública.

Essa é a turma de Caio Ribeiro, o comentarista bacana da Globo, com seu jeito tucano de ser, que atacou Raí por discordar da volta do futebol agora.

Bolsonaro quer usar o futebol para voltar a promover aglomerações e transmitir a ideia de normalidade. O lobby é escancarado.

Bolsonaro telefona para técnicos e dirigentes e pede que defendam a realização de treinos, contrariando as determinações dos governadores e dos prefeitos.

Li que o internacional vai voltar a treinar. Pra quê? Ah, para manter a equipe em forma. E precisa manter a forma, mesmo que precariamente, com todo mundo junto?

Jogadores de futebol têm salários suficientes para manter a forma com a ajuda de fisicultores contratados. Eles têm personal trainer e o que quiserem.

Essa história da volta aos treinos é parte da estratégia bolsonarista para que aos poucos as pessoas se acostumem com a volta dos jogos, claro que com público, por pressão dos clubes.

Bolsonaro pode fazer a defesa da peste, porque é o que sempre fez, mas os comentaristas não têm esse direito.

Os comentaristas, que ficam comentando a contratação do volante do Bangu, deveriam participar dos mutirões de jornais, rádios e TVs na cobertura da pandemia, como fazem no Carnaval e em situações excepcionais.

Comentaristas de futebol tinham que estar em hospitais, nas ruas e nos cemitérios, e não espalhando o terror sobre o fim do futebol.

Os comentaristas precisam buscar alguma relevância num momento em que nada do que acontece no futebol é notícia.

O medíocre futebol brasileiro é cada vez mais alienante, mas não pode ser usado por Bolsonaro para se alienar da realidade da pandemia.

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NA FILA
Onyx Lorenzoni foi à manifestação golpista em Brasília, para fazer média com Bolsonaro, mas o chefe das filas da Caixa está na fila da degola.
A Folha põe Onyx entre os muitos que vão perder seus cargos, para que Bolsonaro dê mais espaço aos militares nos primeiros escalões.

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