TRÊS VEZES NEFASTO
O ministro Dias Toffoli diz na sua carta contra as manifestações golpistas de domingo que o autoritarismo é nefasto, que os fundamentalismos são nefastos e que o ataque às instituições é nefasto.
Três vezes a palavra nefasto, talvez porque o ministro tenha tentado economizar palavras.
E essa repetição quer dizer o quê? Que, com o respaldo que tem, Dias Toffoli poderia ter sido mais incisivo.
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NOTAS E MAIS NOTAS
Demorou mas saiu o comunicado do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, com o compromisso das Forças Armadas com a democracia.
“As Forças Armadas trabalham com o propósito de manter a paz e a estabilidade do país, sempre obedientes à Constituição Federal. O momento que se apresenta exige entendimento e esforço de todos os brasileiros”.
Bolsonaro ficou sozinho com os filhos e os tiozinhos que foram ontem aos QGs do Exército. A nota é um recibo importante. Muitas vezes o compromisso com a democracia precisa ser documentado.
Até a força-tarefa da Lava-Jato emitiu nota em defesa da democracia, da Constituição e das leis.
Parece deboche, mas todo mundo passou a defender a democracia.
Agora só falta a nota do Clube Caixeiral de Itaqui.
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A PRÓXIMA SURPRESA
Se Bolsonaro não pode mais brincar de dar golpe nele mesmo, porque os generais não gostaram, o que resta a Bolsonaro?
Qual será a próxima surpresa de Bolsonaro? O que os filhos de Bolsonaro estarão articulando? Um novo remédio milagroso?
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A OFENSA
Bolsonaro cometeu hoje uma das mais graves ofensas à memória de Ulysses Guimarães, ao se autoproclamar: eu sou a Constituição.
Bolsonaro é um golpista adorador de torturadores. Deveria ser processado, não só por suas ideias e seus atos fascistas, mas por ser um impostor.
Bolsonaro não é nem arremedo de lei ordinária, ou da mais ordinária das leis.