COMO ESCAPAR DO PÂNTANO?

O temor que vem de Brasília é fardado e o mesmo que persegue civis há muito tempo.
A Folha de S. Paulo traz mais uma reportagem sobre a preocupação dos militares com os próximos movimentos de Bolsonaro.
A aposta de Bolsonaro como reação à perda geral de apoio estaria centrada na reação da base das Forças Armadas.
Bolsonaro imaginaria o meio golpe com suporte do contingente de baixa patente. Os generais seriam levados pela massa de apoio de sargentos, tenentes, capitães.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro busca fortalecer a base popular que vem conquistando, em substituição aos ricos e à classe média.
O problema é saber a dimensão do meio golpe (restrições às liberdades, imposição da autoridade absoluta do presidente, censura a dados do governo, já tentada e que Alexandre de Moraes já derrubou, e outras ações centralizadoras).
Começaria com a aplicação da GLO (operação de Garantia de Lei e da Ordem). O resto vem atrás. Com apoio de forças policiais e caminhoneiros.
Como fica o general Mourão nisso tudo? Nem o coronavírus sabe direito.
O centro da reportagem é a ameaça que existe desde o início dos desvarios: Bolsonaro pode arrastar os militares para o pântano.
A informação alentadora é esta: não há nada que indique apoio de nomes fardados de expressão às ideias do sujeito.
O jogo de forças hoje é muito mais de Bolsonaro com a sua base militar do que com as esquerdas.
Não há o que a esquerda possa fazer. Nem impeachment, com um Congresso virtual.
O argumento dos golpistas é previsível: conter o risco de caos social, assunto já abordado por Bolsonaro em conversa no cercado do Alvorada.
Bolsonaro não quer conter o vírus, porque não teme a peste, mas teme e quer conter as instituições e o povo.

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