O PODER DOS PASTORES NA CIDADE DA BOATE KISS

Em maio de 2015, quando o golpe já estava articulado, a deputada Manuela D’Ávila coordenou um debate sobre ódio e tolerância no plenarinho da Assembleia.
Estavam na mesa a deputada, os jornalistas Juremir Machado da Silva e Luciano Potter, o então deputado Jorge Pozzobom (PSDB) e eu.
Um grupo de fascistas conseguiu interromper o evento. Mas o que interessa agora é falar da presença de Pozzobom.
O deputado do PSDB estava ali como voz do que seria uma centro-esquerda arejada.
Pois leio que Pozzobom, agora prefeito de Santa Maria, cedeu às pressões dos neopentecostais da cidade. A prefeitura havia determinado que todas as reuniões e aglomerações estavam proibidas, incluindo cultos e missas.
Os pastores pressionaram e o prefeito recuou. O confinamento e a proibição de reunião valem para todos, menos para os evangélicos. Na quinta-feira, o prefeito revogou parte do decreto.
Os cultos estão liberados em Santa Maria. Mas desde que “sem aglomerações”…
E tudo isso acontece na cidade da tragédia da Boate Kiss.

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