BOLSONARO DESAFIA PROFISSIONAIS DA SAÚDE, CONGRESSO, SUPREMO E O POVO: NÃO TEM VACINA

A trama armada por Bolsonaro conduziu políticos, infectologistas, epidemiologistas, ministros do Supremo e a maioria da população a uma ilusão. Iludiram-se os que achavam que Bolsonaro havia recuado e poderia ter de fato assumido a tarefa de organizar a vacinação. Mesmo que não fosse por opção, mas por falta de alternativas. Não é bem assim.

NÃO TIREM O MICROFONE DE PAZUELLO

Eduardo Pazuello está passando excesso de confiança nas aparições na TV. Colocou gravata, aprumou-se e parece impressionado com a própria voz. O tom de Pazuello, antes vacilante, agora é categórico. O general pode estar a caminho do desastre que derruba os medíocres tomados pela soberba. Pazuello acha que virou político e que pode ser um

POR QUE OS CIENTISTAS ACEITARAM A CENSURA DE PAZUELLO?

Ficamos sabendo só agora que a primeira reunião virtual de Eduardo Pazuello com um grupo de pesquisadores, no dia 1º de dezembro, foi humilhante para os convidados. Técnicos e cientistas, especialistas em epidemias e em saúde pública, haviam sido chamados a ajudar o governo na montagem do plano de vacinação contra a Covid-19. E o

ABRAÇADOS NO MEIO DO REDEMOINHO

Há um certo alvoroço toda vez que Bolsonaro se desentende com algum general, depois de ter mandado sete generais embora do governo. Há quem acredite que o fim de Bolsonaro não será num embate contra os adversários, mas com gente da própria turma. A batalha final, com danos irreversíveis e o desmonte do governo, envolveria

BOLSONARO SOFRE POR SER ESNOBADO PELOS GENERAIS

Bolsonaro nunca teve o reconhecimento declarado do alto oficialato. É o contrário. O ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas disse em sempre lembrada entrevista à Folha que ele não era um militar. Foi um político que conseguiu comover as pessoas com a ideia de que havia sido militar. Para Villas Bôas, Bolsonaro apenas passou pelo

OS HUMILHADOS

Se Bolsonaro mandar Eduardo Pazuello embora, por causa da vacina chinesa, estará dispensando o oitavo general. Incluindo Hamilton Mourão, que já está escanteado e não será seu vice em 2022, são oito. Mais três e dá pra fazer um time de generais usados e depois esnobados e humilhados por Bolsonaro. A questão hoje nem é

ELA É DO BALACOBACO

Quem é a representante do general Eduardo Pazuello em Pernambuco. Um perfil impagável, no blog do Ricardo Noblat, mostra a nova poderosa servidora do SUS, a socialite Ana Amorim. Representante do Ministério da Saúde em Pernambuco é do balacobaco RICARDO NOBLAT Ela chama o hotel Copacabana Palace de sua casa no Rio de Janeiro, e

UM CARA LEGAL

Está na Folha. Dos 27 secretários estaduais da Saúde, 17 aprovam o trabalho do general Eduardo Pazuello no combate à pandemia. Deve ser por isso que o Brasil tem apenas 79 mil mortes e que as UTIs não têm mais vagas, medicamentos e profissionais de saúde. Os secretários se declaram parceiros das omissões do governo.

O NOVO NORMAL DE BOLSONARO

É esdrúxula a notícia da coluna da Monica Bergamo na Folha. Bolsonaro pediu ao ministro interino da Saúde que telefonasse para Gilmar Mendes. Eduardo Pazuello telefonou e pediu trégua ao ministro que acusou o Exército de ser cúmplice de um genocídio. Mas enquanto Pazuello cumpria ordens determinadas pelo novo normal de Bolsonaro, o Ministério da

GILMAR MENDES APONTA OS CÚMPLICES DO GENOCÍDIO

A grande imprensa se acovardou e escondeu nos cantos dos sites a declaração de Gilmar Mendes sobre a cumplicidade dos militares com a matança da pandemia. O ministro passa a ser o autor da mais corajosa declaração feita por uma autoridade do Judiciário a respeito do conluio das Forças Armadas com os desatinos de Bolsonaro.