A ARMAÇÃO DO OUTRO CABO

Em julho de 2018, Eduardo Bolsonaro apresentou ao país, num blefe, um cabo imaginário que, com um soldado, e sem precisar de um jipe, poderia fechar o Supremo. Temos hoje um personagem improvável. Paulo Dominguetti Pereira, o representante da Davati Medical, é cabo da Polícia Militar de Minas. Temos um cabo real, sem jipe, saído

OS IRMÃOS E OS CORONÉIS

Luís Ricardo Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, e seu irmão, o deputado Luís Cláudio Miranda (DEM-DF), contribuem para envolver pelo menos quatro oficiais do Exército de Bolsonaro em suspeitas com as máfias das vacinas. As Forças Armadas pagam o alto custo da cumplicidade com um governo em que uma pandemia

O CRIME DE NISE YAMAGUCHI CONTRA A VACINAÇÃO

A médica negacionista Nise Yamaguchi está depondo na CPI. É mais do que enrolativa, é fraca, sem capacidade de argumentação. Hoje, ela não sabe nem se defende ou não defende a imunidade de rebanho. A direita ficou ainda mais simplória ao ser empurrada para a extrema direita. A estratégia da médica é a mesma de

FOLHA FINALMENTE DESCOBRE O MACHISMO DOS GOLPISTAS

O jornalismo brasileiro da grande imprensa faz descobertas tardias. Reportagem de Anna Virginia Balloussier e Angela Boldrini na Folha denuncia o machismo da CPI do Genocídio contra as mulheres senadoras. As senadoras são interrompidas ou são consideradas gritonas ou não conseguem falar. Na semana passada, Leila Barros quase foi chamada de histérica pelo bolsonarista Marcos

MALAFAIA SÓ DEVE IR À CPI SE FIZER EXORCISMO

O bolsonarismo não consegue mais oferecer grandes surpresas, porque tudo passou a ser possível nas falas e nas atitudes da extrema direita. Mas a informação de Flavio Bolsonaro sobre o pastor Silas Malafaia tem o poder de nos inquietar, pelo menos isso. Flavio disse na CPI que o pastor é conselheiro diário do pai dele.

O CHEFE DE QUADRILHA E O GENERAL

A presença ostensiva de Flavio Bolsonaro na CPI, como representante da família, é uma espécie de vigilância. Mais do que protegendo o general, Flavio parece estar patrulhando o depoimento do ex-ministro. O filho de Bolsonaro não é integrante da CPI. Um general está sob a tutela de um sujeito denunciado formalmente como chefe de uma

O INTERROGATÓRIO NO TEMPO DOS GENERAIS

Para não ser interrogado no dia marcado, Pazuello começou apresentando atestado. E ainda pediu ao Supremo para ter o direito de ficar calado. Ontem, ficou pálido num intervalo da CPI e quase desmaiou porque estava muito nervoso. Foi socorrido por um médico que estava entre os interrogadores que ouviam suas mentiras. Na ditadura, os militares

AO VIVO, O DEPOIMENTO DE PAZUELLO

Eduardo Pazuello apresentou-se como “um homem comum”, na primeira fala na CPI do Genocídio. O homem comum apareceu de terno (chegaram a anunciar que iria de farda) e sob a proteção de Flavio Bolsonaro. Pazuello está falando há mais de meia hora, sem interrupção. Quem não o conhece pode achar que está ouvindo o maior

FINALMENTE, UM GENERAL É INTERROGADO POR CIVIS

Bolsonaro conseguiu o que a Comissão da Verdade tentou desde 2014, quando da conclusão do seu relatório sobre os crimes da ditadura. Bolsonaro ofereceu um general aos interrogadores civis da CPI do Genocídio. A Comissão da Verdade pediu a responsabilização civil e criminal de 377 autoridades apontadas por envolvimento em todo tipo de violência, das