AS CHINELAGENS DOS GENERAIS GOLPISTAS

As circunstâncias ampliam uma pergunta sempre incômoda: com quem estariam hoje os militares brasileiros, se Bolsonaro tentasse transformar o blefe em golpe? A resposta é dada pela História: só se sabe mesmo na hora do golpe. As posições são determinadas por convicções, oportunismos e muito também por covardias. Num golpe clássico, com intervenção do poder

QUEM FICOU DE FORA DO MANIFESTO

É divertido procurar e não achar quem poderia ter assinado, mas não assinou, o manifesto de empresários, banqueiros, economistas, religiosos e intelectuais contra o golpe. Um exemplo: Paulo Lemann, o homem das cervejas, o empresário mais rico do Brasil, o guru do empreendedorismo e do liberalismo, não encarou a empreitada. A lista inicial do manifesto

O DESESPERO DE BOLSONARO PARA SE LIVRAR DE LULA E DA ELEIÇÃO

Se sobreviver e disputar a eleição, Bolsonaro poderá levar 7 a 1 de Lula, ser humilhado e desaparecer como líder da extrema direita, sem direito a tentativa de golpe. Por isso, o melhor para ele hoje é que o Judiciário faça o serviço e determine que ele deve sair do jogo. Se for condenado por

SAI DESSA, BRAGA NETTO

A convocação do general Braga Netto, para depor na Câmara sobre as ameaças de golpe, terá resultados previsíveis. Não foi nada disso, as Forças Armadas são guardiãs da democracia e nosso compromisso é com a normalidade. É quase certo que a linha de defesa será a da negação categórica, porque não há outra saída e

FUX CHAMOU BOLSONARO DE MENTIROSO

Há pelo menos um detalhe interessante no discurso de Luiz Fux na volta do recesso do Supremo. O ministro condenou, sem se referir diretamente a Bolsonaro, quem vem fazendo “ataques de inverdades à honra dos cidadãos que se dedicam à causa pública”. Pessoas que se dedicam a cultivar e a propagar verdades são verdadeiras. Mas

BOLSONARO É UM CHEVETTE NA TERCEIRA MARCHA

Qual foi o tamanho dos atos pró-voto impresso realizados domingo nas capitais? A grande imprensa, com tempo e gente, não sabe dizer. Há muito tempo o jornalismo não dá conta da dimensão de manifestações de rua. Os jornais, que cobram para informar, não se atrevem mais a medir os públicos de uma aglomeração ou caminhada.