NÃO PODEMOS ENCOBRIR UM DETALHE DA MORTE DE MOÏSE KABAGAMBE

Há um detalhe, e que detalhe, que passa quase encoberto nas abordagens sobre o assassinato do congolês Moïse Kabagambe no Rio. É o detalhe político que merece ser posto ao lado da questão do racismo. O detalhe começa pelo fato de que todos ali são parte do que já se chamou de a ralé brasileira.

OS EXCESSOS E AS “PESSOAS DE COR”

Duas declarações reafirmam o que pensam nossas elites, num momento em que não há como tentar passar pano com palavras bem escolhidas, no caso do assassinato do trabalhador negro João Alberto Silveira Freitas, no Carrefour. Primeiro, a frase do governador gaúcho, Eduardo Leite: “As cenas são incontestes de que houve excessos que deverão ser apurados

OS NEGROS DE MINNEAPOLIS

Conto apenas como curiosidade e depoimento pessoal. Há muito tempo andei por Minneapolis e Saint Paul e quase não vi negros. É estranha a sensação de que posso ter passado pelos lugares que se transformaram agora em chamas e ruínas em Minneapolis, onde um policial branco matou o segurança George Floyd porque era um suspeito

O MENINO ASSASSINADO E O FASCISTA

Hoje pela manhã, enquanto a mãe de João Pedro Mattos Pinto era informada de que o corpo do menino estava no IML de São Gonçalo, no Rio, Bolsonaro se reunia com dirigentes do Flamengo e do Vasco em Brasília. Quando Rafaela, a mãe de João Pedro, finalmente tinha a confirmação oficial de que o filho

QUEM MATOU VALODIA?

O Brasil tem um presidente que elogia torturadores e os considera seus ídolos. No Uruguai, muitos dos torturadores da ditadura dos anos 70 e 80 ainda não morreram e não dormem direito. O Ministério Público não deixa. Em meio à pandemia, um promotor assombra os assassinos do médico Vladimir Roslik, o Valodia, torturado e morto

DUAS PERGUNTAS

Quem dos Bolsonaros terá a grandeza, o desprendimento e a coragem de ir ao velório do miliciano assassinado, que prestou grandes serviços à família, ou o amigo morto não merece nem uma coroa de flores? ******** A polícia vai caçar e matar todos os milicianos foragidos, onde estiverem, ou o assassinato de Adriano da Nóbrega

Por que mataram?

Se Adriano não era perigoso nem interestadual, mas apenas um bandido carioca regional, como argumentaram os elaboradores da lista dos procurados de Sérgio Moro, por que estava sendo caçado de forma implacável na Bahia? É o meu texto no Brasil 247. https://www.brasil247.com/blog/cacaram-e-mataram-um-bandido-que-moro-nao-queria-procurar

A imprensa subjugada

O assassinato de Ágatha não é manchete de nenhum dos jornais da grande imprensa. Nenhum. Nem dos jornais do Rio. Nem do Globo. Nem mesmo do Extra e do Dia, considerados populares e mais próximos dos moradores dos morros e das comunidades pobres. A imprensa tem apenas brigas particulares com o fascismo, porque se desentendeu