O FAZENDEIRO, O ITAMARATY E A AMEAÇA COMUNISTA

Roberto Magalhães Suñe foi um fazendeiro de Bagé. Entrava-se na casa dele na cidade para não querer mais sair. Tinha obras de arte por todo lado. Nas paredes, até perto do teto, nas mesas, nos cantos. Djanira, Vasco Prado, Di Cavalcanti, Iberê, Carangi, Manabu Mabe, Glauco Rodrigues, Waldeny Elias. Na hora do almoço na Estância

OS MILITARES USADOS POR BOLSONARO

Bolsonaro é tutelado pelos militares e, ao mesmo tempo, utiliza-se deles para fazer seu jogo sem rumo e sem método? Parece uma questão óbvia e trivial, mas não é. Muito menos agora, quando Bolsonaro hiberna há uma semana e só faz propaganda da cloroquina, mas pode ressuscitar a qualquer momento. Esse é o balanço resumido

SAUDADE DOS CORONÉIS

Morreu Severino Cavalcanti. E Geddel Vieira Lima foi libertado. Os dois parecem pertencer a um tempo tão distante que poderiam até ser anistiados, diante das atrocidades cometidas hoje pela extrema direita no poder. Severino e Geddel eram do tempo em que a direita tinha coronéis, e os corruptos golpistas guardavam dinheiro em malas abertas perto

ANULEM A DEMISSÃO

O general Hamilton Mourão provaria, com um pequeno gesto, que está mesmo disposto a conter a destruição da Amazônia. É só chamar de volta a servidora pública Lubia Vinhas, demitida da coordenação-geral de Observação da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Lubia monitorava a devastação da floresta e incomodava fazendeiros, desmatadores, grileiros e

O NOVO NORMAL DE BOLSONARO

É esdrúxula a notícia da coluna da Monica Bergamo na Folha. Bolsonaro pediu ao ministro interino da Saúde que telefonasse para Gilmar Mendes. Eduardo Pazuello telefonou e pediu trégua ao ministro que acusou o Exército de ser cúmplice de um genocídio. Mas enquanto Pazuello cumpria ordens determinadas pelo novo normal de Bolsonaro, o Ministério da

PRECISAMOS FALAR DE GENOCÍDIO

Foi de alto risco o movimento do general Hamilton Mourão, que decidiu tentar impor o que Gilmar Mendes deve dizer. Mourão acha que o ministro deve uma retratação, como pedido de desculpas aos militares, por ter afirmado que as Forças Armadas são cúmplices do genocídio que Bolsonaro provoca com sua política de negar a pandemia.

O GRE-NAL DA INSENSATEZ

Não é hora para jogar futebol. Há um esforço de todos os setores para retomar atividades, custe o que custar. É a pandemia denunciando posturas até então camufladas ou reprimidas. O futebol é uma área com particularidades, porque está explicitamente dedicada a agradar Bolsonaro. Dirigentes e técnicos adoram Bolsonaro. É a regra, com gloriosas exceções.

O QUE O GENERAL MOURÃO FAZ PELA AMAZÔNIA?

No dia 9 deste mês, o general Hamilton Mourão conversou, por videoconferência, com investidores estrangeiros que pressionam o Brasil para que contenha a destruição da Amazônia. No dia 10, o general fez nova rodada de conversa com grandes empresários nacionais que haviam divulgado uma carta em defesa da floresta e do meio ambiente. O vice-presidente